Monthly Archive for August, 2018

Algumas razões para escolher uma agência de tradução

Agência de tradução versus tradutor freelancer
A escolha entre agência de tradução e tradutor freelancer é importante para qualquer empresa que esteja buscando por serviços de tradução. Quando o preço é o fator a ser levado prioritariamente em conta, algumas companhias optam por um tradutor freelancer pensando que isso redundará em menor custo – mas essa decisão é acertada?

As vantagens de uma agência de tradução

Embora à primeira vista pareça ser a opção mais cara, geralmente muitas companhias descobrem que é muito mais eficaz contratar una agência em vez de um profissional freelancer, se além do fator custo são considerados os fatores qualidade e tempo.

Equipe para seu projeto

Uma das vantagens mais importantes de uma companhia de tradução é o fato de contar com equipes de tradutores gerenciados por um gestor de projetos. Isto significa que o tradutor mais adequado será selecionado de acordo com determinada área de conhecimento ou especialidade, garantindo-se uma qualidade ótima para a tradução.  Os tradutores freelancers são expertos, em sua maioria, em duas áreas de conhecimentos.  As agências são especializadas em diversíssimas especialidades.

Algo mais a considerar, ao contratar uma companhia de tradução sempre haverá alguém para assumir o trabalho se um tradutor adoece ou não está disponível. Decidir-se por um tradutor freelancer significa correr riscos de atrasos caso ocorra imprevistos de último momento.

Prazos

No caso de projetos de tradução de grande estatura, uma agência oferece a possibilidade de integrar vários tradutores na sua concretização, o que redunda na entrega do trabalho em muito menos tempo. O coordenador do projeto se encarregará de gerir as comunicações dentro da equipe de tradutores e revisores, economizando o tempo de todos os envolvidos e assim aportando mais eficiência para o projeto.

Revisão e controle da qualidade

Corrigir nosso próprio trabalho não é uma tarefa recomendável por ser quase impossível, mesmo nos casos de tradutores altamente qualificados. É bastante complicado dar-se conta de cada erro cometido, a exemplo dos ortográficos e gramaticais, quando nos encarregamos sozinhos de um texto. A maioria das agências de tradução oferece serviços de revisão e controle de qualidade, o que representa que a tradução será revisada por outro tradutor. Quando vários tradutores e revisores participam de um mesmo e grande projeto, a tradução será estandardizada para garantir a conformidade ou uniformidade.  Sempre convém exigir de uma agência de tradução que as revisões sejam realizadas por um tradutor distinto do que traduziu o texto.

Mais vantagens

Outra vantagem em utilizar uma agência de tradução é que, geralmente, oferecem opções de pagamento adicionais como, por exemplo, cartões de crédito. E provavelmente contam com tecnologias avançadas de tradução que são custosas para os tradutores freelancers.

Tempo é dinheiro

A razão pela qual afirmamos, em síntese, que uma agência significa mais vantagem em relação ao custo-benefício de um profissional freelancer é simples: tempo é dinheiro. Quanto vale seu tempo? Se tiver de empenhar maior tempo tratando ou gerenciando diretamente com vários tradutores e revisores para o seu projeto, quanto isto estará custando para a sua empresa? Obviamente, o tempo poderia ser empregado em outra atividade crucial da empresa. Portanto, a diferença de custos entre contratar uma agência e contratar um ou alguns tradutores freelancers é algo para se pensar.

A Bahia tem um jeito também no falar: o baianês

Baianês

As naus portuguesas que vieram “descobrir” o Brasil tiveram o seu primeiro porto seguro na Bahia. Ali a colonização do país deu os seus passos iniciais. O Brasil começou, mesmo, pela Bahia. É um microcosmo do país, refletindo muito da mescla racial, cultural e linguística, com uma feição única. Para exemplificar a pungência e cadência do idioma local, vale escutar, para que fiquemos com dois ícones do cancioneiro popular, Dorival Caymmi e Caetano Veloso.

O jeito próprio de falar da gente principalmente da capital desse estado deu ensejo ao “Dicionário de Baianês”, com primeira edição publicada em 1991, compilado pelo escritor Nivaldo Lariú.

É claro que sem a menor preocupação linguístico-acadêmica, Lariú vem organizando a obra com o intuito de registrar e difundir um idioleto que, em certos contextos da vida social ‘soteropolitana’ (isto é, a capital do estado, Salvador), dá toda a dimensão da vitalidade e particularismos da visão de mundo de sua gente.

As palavras e expressões por ele recolhidas surgem, quase sempre, das festas de largo (festas nos espaços públicos), que culminam no Carnaval, a par de situações do dia-a-dia de uma cidade sui generis. A maioria teria origem na ‘Cidade Baixa’ (Salvador comporta, dada a sua geologia, uma parte alta e outra baixa). Por uma questão sociológica nítida para quem vive ou visita com frequência a dita Cidade da Bahia, a parte baixa não anda vertiginosamente em direção à modernização urbana como sucede com a ‘Cidade Alta’. Ali há espaço para um tempo que flui mais manso, propício à chamada “conversa fiada” (descontraída, despretensiosa, livre de toda a correria das metrópoles), feita de encontros nas ruas, na porta das casas, que ainda sucede rotineiramente. As preciosidades vocabulares e as expressões que se convertem em gírias florescem ano a ano. Basta passar um Carnaval na Bahia e voltar em outro ano para dar-se conta.

Fiquemos aqui com alguns exemplos:

ABESTALHADO/BESTALHADO (bobo)

ABILOLADO (maluco, abobalhado)

AGONIADO (aflito)

ALUADO (distraído, desligado, “de lua”)

APOQUENTADO (nervoso, irritado)

ARMENGUE (algo feito de improviso, pessoa ou coisa feia)

ARRASTAR ASA (se interessar sexual e amorosamente por alguém)

BANDA VOOU (pessoa frívola)

BATER A CAÇULETA (morrer)

BOTAR GOSTO RUIM (atrapalhar, perturbar, colocar defeito)

CACARECOS (coisas sem valor)

CARNE-DE-FUMEIRO (carne de porco defumada)

CHEIO DE NOVE-HORAS (complicado, enrolado)

COMER ÁGUA (tomar bebida alcóolica)

DAR ESPETO (sair, por exemplo, de um restaurante sem pagar a conta)

DAR TESTA (enfrentar)

DAR UM AMASSO (“paquerinha”, entrar em contato físico com alguém sem pretensão de estabelecer relacionamento amoroso ou sério)

DE BOBEIRA (à toa)

DE CAJU EM CAJU (esporadicamente)

DESMILINGUIDO (desajeitado)

ENCAFIFAR (intrigar-se, retrair-se)

ENCURTAR CONVERSA (resumir, finalizar)

FOI MAL (pedido de desculpa)

GRUDENTA (pessoa invasiva)

LENHADO (em mau estado)

LESEIRA (preguiça)

MALDAR (agir com malícia)

MALINAR (traquinar)

MELAR (“sujar a barra”, dar errado)

MOFINO (covarde)

NA LEVADA (na onda ou nos modos de um grupo de pessoas, num determinado ritmo musical)

NA MORAL (“numa boa”, de boa vontade)

NEM TCHUM (sem dar importância)

OLHO GORDO ou GROSSO (inveja)

OXENTE (“puxa vida”, caramba!)

PEGAR O BOI (conseguir algo com facilidade)

PICUINHA (coisa sem importância, intriga)

PONGAR (“ir de carona”)

PORRETA (legal, bacana, ótimo)

QUENTURA (calor)

REI DA COCADA PRETA (“metido a besta”, pessoa que a si se dá muita importância)

ROMPER O ANO (ir comemorar o réveillon)

SE LIGUE (preste atenção!)

TIRAR O CORPO (“sair de fininho”, escapulir, “dar o fora”)

TOMAR TENÊNCIA (“tomar jeito”, definir-se adotando atitudes)

TOPETE (ousadia, coragem)

TREITEIRO (dissimulado, malandro)

UMBORA (vamos!)

UZEIRO E VEZEIRO (acostumado)

VAGAL (vagabundo)

VARAPAU (pessoa alta e magra)

VIXE MARIA (virgem maria!)

ZUADA (barulho)

Na moral, se você for, já foi e algum dia voltar à Bahia, para estar ou não de bobeira lá e sua estadia ser porreta, oxente, se ligue no baianês!

 

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